William Faulkner e George Orwel se ofereceram para lutar na guerra, aprontram muito, beberam todas e asinda acharam tempo para serem brilhantes
A surpreendente turbulênca psicológica em algum mometo da expansão do caráter, em contraposição a valores que caracterizaram o admirável pendor literária, tem sido um atributo curioso na aproximação analítica de vários escritores, ainda que separdos por distantes linhas temporais. Bons exemplos disso são o norte-americano William Faulkner, ganhador de um Prêmio Nobel de Literatura, de 1950, e o indiano George Orwell, ou, mais precisamente, Eric Arthur Blair, autor do chocante “1984” , que gerou a temática político-ideológico do espionável-extritamente-controlável, hoje adaptado pelas TVs para o comercial “big brother”.
Faulkner, que visita as livrarias brasilienses com o título “Esquete de Nova Orleans”, em 240 páginas que a José Olympio Editora apresenta seus personagems (mendigos, marujos, jóqueis, vigristas e baderneiros, principalmente), pra começar, nasceu Falkner e jamais explicou como a letra “u” apareceu na grafia do seu nome. Afinal, ele fora registrado homenageando o avô, cuja certidão de registro civil tinha uma vogal a menos. Mas isso foi pouco para quem escolheu para morar em um bairro de Novas Orleans onde só rolava o jazz (French Quartier) e o dia-a-dia oferecia tipos os mais esquisitos possíveis. Até aí nada de maisl para quem havia estudado de menos e bebido de mais – um dos seus textos mais famosos chama-se “Duas Garrafas de Rum”. No entanto, a grande estrepolia de William Faulkner ocorreu em 11/11/1918, quando foi asinado o armistício que acabou com a Primeira Guerra Mundial. Como cadete da Escola de Aeronáutica Militar da Real Força Aérea Britânica, em Toronto, no Canadá, ele se ofereceu aos ingleses como voluntário, antes do Tio Sam pegar em armas.
Faulkner jamais pintou na guerra e muito menos disparou um tiro, sequer. Além do mais, foi dispensado, por excesso de contingente. Mas aquilo não foi problema para ele fazer a sua guerra particular, mitômana. Encomendou um uniforme de tenente, comprou uma bengala e voltou para casa, em Oxford, no Mississipi (USA), mancando de uma perna. “Conseqüência da queda de avião, abatido sobre uma aldeia francesa”, contava aos amigos. Custo da molecagem: ao ganhar Nobel de Literatura, seus editores tiveram de se virar para explicr ao mundo e retirar da sua biogafia aquela irresponsável “brincadeira”. Mas, brincdeira por brincadeira, em 1954, quando veio ao Brasil para uma série de congressos e palestas, o que William Fauklner mais fez foi evitar os compromissos oficiais e gastar o tempo numa tremenda maratona etílica que durou uma semana pelos botecos paulistanos.
Quanto a George Orrwell, este acabou de desembarcr nas livrarias da cidade com o título “Dentro da Baleia e Outros Ensaios”, em 228 páginas editadas pela Companhia das Letras. Para apresentá-lo a quem ainda não o consome, basta citar uma de suas memoráveis frases: “Bebidas alcoólicas e cigarros são coisas que um santo deve evitar, se bem que eu ache que santidade é também é algo que o homem deve evitar”. Deu pra sacar?
Pois bem! Depois de trabalhar como policial na então Birmânia (hoje Mianmar), Orwell foi para a França, na década de 20, e lá tornou-se intelectual de esquerda, boêmio, gastador de tudo oque ganhava. Rsutlado: terminou vivendo entre os mendigos de Paris, segundo ele, o que mutios pesquisadores contestam. (Qualquer realidade com a semelhança, Faulkner nda tem a ver com isso) . Ao deixar a França, Orwell ofereceu-se (semelhança, de novo?) para lutar na guerra (civil espanhola, ao lado dos republicanos). Mas diferentemente de William, pegou no fuzil e até andou levando chumbo.
Orwell se dizia socialista, mas se recusva a seguir linhas partidárias. E foi criticando o autoritarismo da revolução de Lênin que ele conquistou a glória, com “ Animal Farmer”, traduzido no Brasil como “Revolução dos Bichos”, livro fartamente encontrável nas prateleiras das livarias brasilienses. Considerando disciplina política incompatível com integridade literária, Orwell manchou a sua biografia entregando aos serviços secretos britânicos, em 1949, amigos que ele os declarava comunistas. Seria uma emanação do pensamento que criou o “Big Brother”, ou efeito de alguma bebida nada recomendável a uma santidade? Você decide.
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