quinta-feira, 10 de maio de 2012

ANTÕNIO, O AMIGO DOS ETs

Maranhense diz que viajou 11 vezes a um planeta distante 375 mil anos-luz da Terra

 O dia 4 de janeiro de 1975 corria  igual a todos os outros, quando sem nada acontecer, no bairro Santo Antônio, em São Luís do Maranhão. Por ali, ainda não havia luz elétrica e as noites eram bastante escuras.
 Foi na escuridão e uma daquelas noites que um objeto voador, brilhante como uma brasa, no formato de dois pratos sobrepostos, frente a frente, e do tamanho de uma lua cheia, aproximou-se da casa do vigia Ângelo Alves Ferreira e da lavadeira, Terezinha de Andrade Ferreira, pais de sete filhos. O fenômeno repetiu-se por mais três dias, sem que ninguém tivesse a mínima idéia do que fosse, muito menos a policia do bairro, que se declarou, logo, incompetente para desvendar o mistério, da mesma forma que a Aeronáutica.
  Próximo do solo, o objeto já era prateado e balançava como uma folha de papel sola no ar. Tinha duas janelinhas e era pouco maior do que uma Kombi. Dentro, trazia dois sujeitos estranhos, medindo cerca de 1,20m de altura. Um dia depois, tudo aquilo se apagara da mente da família Ferreira. Na terceira visita dos misteriosos homens das nave, com 14 anos, Antônio Alves Ferreira, maranhense, de Araiosis, semi-analfabeto, viu luzes acendendo e apagando, e deixando um rastro de labareda quando sumia.
 Eram 9h e Antônio estava no fundo de sua casa, sem ouvir nada de estranho. De repente, surgiu uma nave diante dele, que sentiu-se paralisado. Teve medo, chorou e tentou gritar, mas o grito não saía. Só escutou foi um barulho de cacos de vidros quebrando-se. Instantes depois, uma porta abriu-se no objeto estranho, uma passarela se estendeu e ele pôde ver, dentro,  luzes piscando e uma lâmpada fosforecente acendendo rápido e se apagando, lentamente. Seus reflexos incidiam e dominavam os seus olhos do visitado.
 Dominado, Antônio foi levado para dentro da nave, por dois homens – Riaus e Telione – que  tocaram em seus ombros e o carregaram, com ele sentindo-se um ser de imponderável leveza. Colocado sentado no piso interior do disco voador – em pé, bateria com a cabeça no teto –, Antônio voltou a ouvir o barulho de cacos de vidro partindo-se. Entre zumbidos, tipo ondas de rádio, e luzes coloridas piscando, ele mordia a língua, se beliscava, conferindo se estava sonhando. Do seu lado, Telione, sujeitinho moreno, usando um macacão verde, capacete azul e botas marrom, cruzava os braços, lhe observando. Riaus, sentado a um banquinho, comandando a nave.
 Quando Antônio indagou sobre seu destino, os dois homenzinhos, de olhos pretos, bem rasgados, se entreolharam, esboçaram o que ele intuiu ser a  forma de sorrirem, e nada responderam. Cerca de 20 minutos depois, ele tinha a sensação de pousar em algum lugar. Foi quando o Comandante Riaus disse-lhe: “Bem vindo ao planeta Protu, da galáxia Kresbi, do sistema solar Erbiti. Estamos há 375 mil anos-luz da Terra”.
MISSÃO PACÍFICA - Antônio, católico não-praticante e que nada tem de pára-normal, foi avisado de que Protu estava preocupado com a evolução mental dos terráqueos, assustadora, pela sua violência, e que o planeta visitado era pacífico. Ele viu uma cidade cercadas por montes e com o céu repleto de discos voadores, circulando. “Os prédios eram de um material que lembrava o acrílico e as crianças do tamanho de uma garrafa de refrigerante, dessas de dois litros. As mulheres tinham seios pequenos e todos agitavam bandeirinhas triangulares,  azul e vermelho, como se esperassem por alguém. Todos grunhiam”, compara.
 Sem camisa e descalço, como lhe raptaram, Antônio seguiu para um prédio onde uma cúpula se destacava. Ali, conheceu o líder Krolis, que sentava-se a uma poltrona, alta e larga, e mantinha os  pés balançando. Ventava e fazia frio. Krolis começou a interrogá-lo, mas Antônio não o entendia. Estava mais curioso com tantos seres entrando – e não saindo – de uma caixa cinzenta quadradas. “Era teletransporte para outras cidades ou ruas”, revela.         
  Kroles sacou tudo e Antônio passou a ter a sensação de receber perguntas traduzidas em seu cérebro. Naquele clima frio, ele sentia-se sem fôlego, algo que Krolis resolveu batendo no lado direito do seu peito. Ele conta mais: “Depois de me indagar sobre combustíveis, alimentação, lideranças espirituais, formas de governos e outras coisas, o líder ordenou a minha volta à Terra.  Tive a mesma recepção da chegada, certo de que Krolis  sabia do que eu não lhe respondera, pois ele não se incomodara e, mais tarde, até me permitiu gravar suas vozes” – e foi assim que uma grande amizade surgiu entre um maranhense e uma galera de outro mundo.
MARANHÃO-PRPOTU -  Segundo o Centro Brasileiro de Pesquisa de Disco Voadores, oito milhões de objetos não identificados já foram vistos em 180 países, com mais de dois milhões de contatos estabelecidos. No Brasil, não há um número nem de contatos e nem de abduções, devido a falta de entrosamento entre militares e civis. Mesmo tendo participado de muitos conclaves, Antônio Maranhão diz que nunca ficou sabendo do que está registrado em sua totalidade.
De sua parte, ele visitou Protu 11 vezes, como conta, entre janeiro e fevereiro de 1975. E arrumou muitas confusões aqui na Terra. De cara, foi proibido de entrar nas igrejas católicas do Maranhão, acusado de ‘ter parte com o demônio”. Depois, foi chamado de mentiroso, maluco e outros pejorativos mais. Pra completar, quase foi preso, por colaborar com pesquisas extraterrestres: roubou um papagaio, um cachorro e um gato, para  seus novos amigos examinarem, pois em  seu planeta não existia animais irracionais.
 Antônio não sabia o que era cobaia, mas topou ceder seu sangue para os ETs examinarem. De quebra, aceitou, também, abrir um canal exclusivo de comunicação com Protu, em seu ouvido esquerdo, para contatos interespaciais. Agradecidos, os ETs lhe ensinaram a desenhar. “Eu só sabia fazer um risco, mais nada”, assegura.
 Da última vez que viajou para fora deste sistema solar, Antônio não foi mais abduzido, mas como convidado especial do líder Krolis. Na volta, comprometeu-se – e cumpriu – a construir um heliporto, em uma mata fechada de um sítio do bairro Angelim, em São Luis.
 Homem de palavra, Antônio foi autorizado pelos novos amigos a proferir conferências e palestras sobre uma diferente forma de vida – já era um “PHD espacial”.
CONFERENCISTA - Fugido da igreja católica no Maranhão, Antônio veio parar em Brasília, onde casou-se, fez dois filhos e aposentou-se, por invalidez, provocada por erro médico que danificou a sua perna direita. Constantemente, ele é requisitado para relatar as suas experiências extraterrestres, por todo o País. “Já depus para as Forças Armadas e cientistas brasileiros, e até da Nasa” – a agência espacial norte-americana –, informa.
 Consolidada a sua amizade com os ETs, Antônio desenhou suas naves e figuras, aprendeu a decodificar sua escrita e conta em suas conferências que Protu é um planeta cinzento, sem água e sempre nublado. A alimentação é frugal, com frutas parecendo mamão e melancia, e se troca de matéria e de função na sociedade quando se sente no fim de um ciclo. “Não há problemas de saúde. Só se perece por acidentes aeroespaciais, pois não há armas de destruição”, comemora, contando mais: “Há lazer e música recatada, quase silenciosa, parecendo sair de uma flauta. E, como inexiste dinheiro, tudo o que é produzido divide-se entre a população”.
  Antônio revela também que o casamento em Protu dura 300 anos terrestres e que não há escolas para as crianças. “Elas recebem os ensinamentos necessários dentro de uma escala evolutiva”, repassa. Por vergonha, não perguntou como seria o sexo planetário. O máximo que indagou foi sobre a reprodução. “É por parto normal, como entre nós, e encubação. Não perguntei sobre seus meios reprodutivo, também por vergonha”, não esconde.
 De todas as experiências vividas por Antônio em outro mundo, a mais incrível, para ele, foi vê-lo reproduzido, por um tela de TV, e enviado para substituí-lo em sua casa, enquanto ele colaborava cientificamente com os ETs. “Não dispomos desta  capacidade aqui na Terra por que um acidente sofrido pelo planeta, há milhões de anos, bloqueou tais poderes”, lhe contaram.
Se os ETS se entendem tão bem com um maranhense, porque não o fazem com o restante dos terráqueos? Antônio responde: ”Por não disporem de armas destrutiva e por temerem a nossa hostilidade. Eles não se acham preparados ainda para o contato.  Mas, numa futura viagem, inevitavelmente, isso vai acontecer”, prevê – então, que seja uma grande viagem, como as de Antônio.  

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