quinta-feira, 10 de maio de 2012

GENILTON, O INTROMETIDO

Sensitivo jura viajar ao futuro e penetrar na estutura molecular de vírus letais

 O sujeito sentou-se no sofá estendido no meio da sala de visitas de sua casa, na parte mais alta da cidade serrana de Sobradinho, e ficou a assitir o noticiário da noite, pela TV. Depois de saber do que de mais de importante acontecera no mundo, desligou o aparelho e passou a analisar os planos que ouvira, dos norte-americanos, para desvendar os mistérios de Marte. De repente, ele era quem  já estava pra lá do planeta vermelho, embora não tivesse  tirado os pés da Terra. Viajara, mentalmente, milhões de anos-luz, até um futuro, impressionantemente, distante.
 O passsageiro desssa fantástica viagem é um professor de inglês, o goiano Genílton Chaves Dutra. Pra começo de conversa, ele faz questão de mostrar todos os laudos dos exames psiquiátricos a que se submeteu, atestando que, embora seja fã de Caetano Emanuel Teles Veloso, jamais esteve pra lá de Maraquesh. “Tenho cuca legal”, jura.
 Na verdade, nem sempre tudo saiu legalzão para Genílton. Nos seus temps de garoto, sua patota lhe achava um menino assim “meio esquisito, porque, virava-e-mexia, ele vivia falando de coisas que niguém conhecia, dizendo ter visto o que ninguém via. “Esquisito, muito esquisito, pra rapaziada entender”, relembra.
Esquisito por esquisito, Geníton só não surpreendia à sua mãe, que mantinha lá os seus contatos, nem tanto  imediatos, por graus bem “proxíssimos” de Anápolis. Sem muita pressa, tempos depois, ela o levou à presença de especialista das redondezas, que lhe deram o diagnóstico que suspeitava: o garoto era um sensitivo.
 Sensibilidade, realmente, era o que não faltava a Genílton, como ele tenta demonstrar, contando.  “Certo dia, numa das viagens  do meu cérebro, as minhas correntes positivas foram quebradas por um gênio do mal, que passou-me a fórmula da uma cadeia química, para eu consturir um artefato capaz de destuir o planeta. Produziria um potencial muito superior  ao da bomba atômica”, garante.
 Diante da proposta indecorosa, Genílton preferiu não ser o homem mais perigoso do mundo, mas um mero  incinerador de fórmulas e equações. “E salvou o mundo da destruição”, comemora.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Estudos de Fenômenos Paranormais da Universidade de Brasília, professor Álvaro Troconi, viagens mentais são possíveis. Ele chama isso  de projeção consciente, que ocorre por meio de veículos psicossômicos (emoções);  endossômico (discernimento) e energossomíco  (energia). O corpo físico permanece em sua base, para a consciência usar os veículos de projeção astral.
 SEXO, DROPS E ROCK´N´ROLL- Quando adolesceu e comungou com os colegas dos embalos dos anos 70, Genílton, pouco a pouco, foi-se  afastando da galera. Enquanto a turma queria sexo, drops (pastilhas mentoladas para comer nos bailinhos) e rock`n`roll, ele interessava-se pelas últimas descobertas das ciência e queria ler os grandes autores em sua língua original. E foi então que, tempos depois,  domínou do idioma de Shakspeare e sentou-se  “aprovado em concurso público, entre os primeiros colcoados, é claro”, em uma cadeira de professor de inglês.
 Destacado para lecionar em Brazilinha, Genílton encarou distâncais e dificuldades. Atualmente, licenciado do cargo, para cuidar dos problemas de saúde de sua mãe, ele continua  vivendo experiências capazes de fazer inveja  às  mentes mais brilhantes dos melhores roteiristas de histórias em quadrinhos.
MOLÉCULAS - A maior experiência vivida por Genílton, segundo ele, aconteceu em 1996. Ele conta que a sua força sensitiva penetrou, parcialmente, na cadeia molecular  do vírus da Aids, permitindo-lhe criar uma fórmula de contra-ataque, a partir de nove íons de átomos. “Registrei tudo, no carório de Sobradinho e obtive homologação de patente, no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O governo quebrou-a, inultimente,  pois levei algum tempo para obter a  parte que faltava, dominar  todos os princípios ativos, não descritos nos registros. Obtive a fórmula para um remédio sub-atômico neutraliza o vírus”, garante, mas negando-se a divulgá-la.
 Um infectoloogista consultado e exigindo anonimato disse que se a pessoa que afirma penetrar na molécula de um vírus letal  chegar ao seu laboratório, descrever tudo e ele confirmar no exame , ele acredita. “Só asissim”, frisou. Dois psiquiatras, que também exigiram não revelar seus nomes, “por questão de ética e por já terem comprado muitas brigas”, consideraram perigosíssimo alguém dizer o que o médico acima duvida. Dentro da mesma linha de raciocínio, eles entendem que, se o que o sensitivo afirma é real, os pesquisadores científicos já haviam aniquilado todos os virus letais e alguém ganho o Premio Nobel de Medicina.
ENCABULADOR- Se um sentivivo descobre o caminho para matar um flagelo da humanidade, porque, então, não faz o seu segundo bem à humanidade – o primeiro, não se esqueça, foi incinerar a  fórmula de uma bomba fatal. Genilton explica: “Representdo por dois advogados, mantive contatos com laboratórios e uma universidade norte-americana. Respondi a todas as pergutas deles, mas não chegamos a um acordo. São muitos anos de pesquisas sensitivas. Logo,  não posso entregar tudo, de graça”, justifica.
 O antídoto contra a Aids que Geníltn diz ter a fórmula chama-se HSK9 e, como explica, deriva-se de nove íons positivos que ele os chama de “bio, fisio, químio, cito, infra, atômica, iônica”, assumindo coloração vermelha e passando, revela, pela nanotecnologia. “Mas eu não o produzo. Esclareço: tenho o descritivo do retroviral e o caminho da fabricação”, avisa.
 Ao mesmo tempo em que fala em retroviral e vírus, Genílton diz que o causador da imunodeficiência adquirida não é bem um vírus, mas “um produto de sete componentes mutáveis e que sofrem ações atômicas, nucleares e iônicas”. Ele informa que as suas pesquisas lhe tomavam até 12 horas diárias, as vezes, impedindo-lhe até de alimentar-se.
CHIPS - Genílton mostrou ao Jornal de Brasília desenhos de chips recolhidos ela sua mente e “projetados para uso em  mais de 60 itens voltados para o progresso evolutivo da humanidade”,  como ressalta.  Ele não permite reproduzi-los, só explica: “São condutores de energia decamésica, bem pra lá da nonamésica usada pela nanotecnologia. Têm uma abrangência muito grande”.
 No caso dos combustíveis, o sensitivo garante que os chips futuristas comandam o consumo, atomicamente, por meio de retensores que impedem tragédias. E discorre sobre uma  equação complicada: “Numa escala mésica, eles conectam conjuntos zonais com expoência menos, MSMT,  conduzidos  no quatriantun X (ar), Z (terra), Y (fogo) e W (água). O K é a união desses elementos. Os demais termos dos subtrons são conjugados em associações dezimésicas, podendo chegar à escala-2, ou C e C. Aí, obtém-se a seqüências micros o macros, pelas junçõesde circuitos elebroneutrons em quantidades nano ou decateclogoicoas”.
 Um PHD em Física Nuclear consultado pelo Jornal de Brasília e que exigiu anonimato, disse desconhcer o que ouviu. E foi jocoso: “Isso me faz lembrar o caso das reverberações oscilatórias, combinadas com sons utrassônicos espciais que, a julgar pelos movimentos psicomotores, responsáveis pela flexibilidade da cauda do jacaré, faz concluir que Papai Noel  não existe” – o autor dessa frase só concordou em revelar que ele é aposentado e trabalhou em um instituto tecnológico de São José dos Campos-SP.
ABSTINÊNCIA SEXUAL - Não e semre que Genilton transcende ao tempo. Ele reclama desdobro exorbitante  de energia mental e cobrar-se da necessidade de descanso freqüente,  inclusive, até de abstinência sexual, para recarregar as baterias. “É monumental o dispêndio mental para se atingir o principio ativo de  vírus como os da aids, ebola, sars, etc”,  chora.
 A última revelação de Genílton, é surpeeendente.  Ele diz que o ex-secretário geral das Nações Unidas, Kofi Anan, recebeu o Premio Nobel de Ações Humanitárias, “por  repassar à laboratórios extratos que lhe enviou, para conhecimento, e que terminaram num retroviral largamente divulgado pela TV”. E  exibe “documentos” que seriam a cópia autenticada do que foi postado. Por meio de e-mail fornecido pelo sensitivo, consultamos um dos laboratórios para os quais ele diz ter respondido a todas as perguntas, mas não obtivemos resposta.
 Nesse futuro que diz visitar, Genílton garante que é possível uma nave viajar até um planeta cuja equivalência atual em tempo de viagem seria de 150 mil anos terrestres. “Eles encapam os transportes com campos de força, comandos anos-luz protetores do organismo humano”, dá a saída. E finaliza contando que ao pergungar pelo nome de um interlocutor a milhões de anos-luz, ouviu a resposta: “O que te importa meu nome, se eu sou  você no futuro!” – Futuramente, quem sabe?, não duvidaremos!
 

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